PROJETO MAIS QUE UMA VIDA/ TURMA 332 - 3ª SERIE DO ENSINO MÉDIO
O projeto busca como fonte as novas propostas para o Ensino Médio apresentadas até o momento pelo Mec. Como filosofia da escola busca-se a qualidade do ensino, através do desenvolvimento das ações de forma reflexiva, participativa e humanizadora, transformando-se cada vez mais num espaço de elevação cultural, de apropriação do conhecimento científico, do desenvolvimento integral dos educandos para a convivência social e o exercício da cidadania.
Dessa forma o projeto vem contribuir na formação integral do ser, sendo proposta como eixo norteador para este ano. Os conflitos sociais humanos sempre existiram enquanto sociedade "organizada", períodos sangrentos vivenciados no decorrer dos séculos pela humanidade. A referida proposta educativa é para educar "mais que uma vida", sendo esse ser humano hoje melhor, com isso deixará "outro ser" capaz, dinâmico e gestor de suas emoções para uma sociedade sadia.
Os desafios do Projeto mais que uma vida, conceitua processos formativos, competências, habilidades, precedendo na formação os conteúdos conceituais macros, conteúdos específicos, conteúdos procedimentais, e atitudinais nos bimestres.
No entanto, sabemos que a formação do aluno deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação.
As "máscaras" se criam diariamente. Somos livres para pensar? Pensamos o que queremos e quando queremos?
Acredite sou um SER HUMANO. O EU é o centro da personalidade, o líder da mente, o desejo consciente de nos tornar únicos.
Quem sou eu? Quem somos nós?
O projeto está sendo vivenciado de acordo com as especificidades de cada turma.
( fotos dos educandos da turma 332 - Vespertino - Alguns relatos das vivências, será utilizado pseudônimos, o texto manterá a forma de escrita do educando )
Paciência: Bom, como muitos,
já tive e ainda tenho problemas, nasci de 8 meses, prematuro, nasci dado como morto, reanimado, fiquei muito
tempo internado, minha mãe também quase morreu, pois desde os 3 meses de
gestação vinha com riscos de aborto, porém nunca ocorreu, mas eu corria risco
de vida. Hoje agradeço a Deus por não ter ficado com nenhuma sequela. Minha
infância foi bem vivida, era um dos números um da sala. Na minha adolescência
vivi uma época que pensei cometer suicídio porque todos me julgavam e faziam de
tudo para me ver no chão, me estressava ao extremo. Todos os dias, pelo motivo
de trabalhar, estudar e chegar em casa e brigar várias horas com meus pais. A
única pessoa que sempre me apoiou foi minha irmã mais velha. Um dia minha irmã
que sempre me apoiou comentou que estava indo em uma igreja, comecei ir lá
também e foi assim que tudo começou a mudar, conheci uma menina e começamos
namorar, a mãe dela nos apoiou e também disse que Deus tinha planos para minha
vida, por isso que ainda estou aqui e isso me faz sentir outra pessoa.
ALEGRIA. Eu sou uma pessoa muito alegre, não tem tristeza, raiva ou ódio, é só
alegria. Sofri muito na infância, consegui superar com meus pais e meu irmão.
Em 2015 meus pais se separaram, mais a vida continua, não adianta lembrar-se do
passado tem que sonhar o futuro.
ATITUDE. Eu sou uma pessoa muito especial para minha família e meus irmãos, sou
muito respeitado pelos meus amigos e gosto de ficar de boa no meu canto. Não
sou essa pessoa que os outros acham, me chamam de viado, mas não dou bola pra
ninguém e continuo de boa.
RESPEITO: Não sou diferente dos outros, sou uma pessoa normal assim
como todas, tenho qualidades, defeitos, meus gostos. Já passei por coisas
difíceis na minha vida, coisas que talvez não perdoaria hoje, mas passou, agora
está indo tudo bem. Faço coisas sempre pensando pelo lado positivo para que
tudo dê certo e não magoar ninguém, mas é claro que nem tudo que eu faço sai
como o esperado e que os outros podem ter uma visão diferente de mim, mas eu
não ligo, sei o que sou e para mim é o que importa. Não sou de expor sobre mim,
prefiro que as pessoas notem o que eu sou através das minhas atitudes, do que
eu faço enfim de como essas pessoas olham para mim.
TERNURA: Sou uma pessoa que chora muito, sou sentimental, já passei por vários
problemas, passo ainda, não gosto de me expressar com palavras para os outros,
se estou triste ou sofrendo, fica apenas para mim, choro sozinha, fico no meu
canto, se alguém fala algo de ruim para mim, às vezes deixo de me importar, mas
às vezes dói muito, tudo de ruim que passo fica guardado dentro de mim, acho
que por isso sou muito sentimental, choro por qualquer bobagem, ás vezes sou
insuportável, falo coisas para as
pessoas, mas logo me arrependo. Quem sou eu para julgar os outros? Se nem
conheço direito essas pessoas? Muitas colegas pensam que não sofro, que não
tenho problemas na vida por ser assim calma, estou sempre sorrindo nunca
demonstro tristeza, arrependo-me de muitas coisas que fiz, algumas coisas
aconteceram, me sinto culpada, pois poderia ter sido evitado, mas enfim
hoje me dou bem com todos, passei por
muitos problemas e estou de pé e não é qualquer coisa que me derruba, acredito
muito em mim mesma, tenho muita fé.
Bondosa: Sou uma pessoa sentimental, sou legal e querida com as pessoas. Eu tive e
tenho problemas em minha vida, por ter um pai viciado em álcool e droga. Não
moro com meus pais, mesmo não morando com meus pais eu me sinto tão perto
deles. Tenho problemas em casa de ser acusada por algo que nunca fiz na vida e
nunca farei em momento algum da minha vida, tenho fé em Deus porque sei que sem
ele não seria nada, mas acho que não tenho problemas, mas tenho sim, só tento
disfarçar, as vezes lá em casa, sentada no sofá, começo lembrar de tudo que já
passei e choro muito, mas graças as Deus
tenho uma pessoa muito especial e fiel a mim, tudo isso agradeço a Deus.
INDEFESO: Sou divertido e humorado, gosto de brincadeiras, não acredito muito em Deus, acho que é por causa que minha tia faleceu, por ela acreditar muito nele, ela sempre rezava, quando ela faleceu fiquei muito triste. Se Deus existe, porque levou ela? Ela acreditava tanto nele, sinto culpa também, pelo meu Vô, por não gostar de ir na casa dele, aí talvez teria evitado a morte dele, sei lá se eu fosse mais vezes, ou tivesse visitado ele no dia que ele faleceu, poderia ter ido com ele no bar e o coitado dele não ter morrido nesse dia, eu sei que não poderia evitar. Mas mesmo assim fico pensando se eu estive descido no dia que ele faleceu isso não tivesse acontecido, isso é uma coisa que não esqueço, não sei por que, às vezes eu fico sozinho, penso como vai ser quando meus pais falecerem. O que eu vou fazer? Como vai ser? Fico pensando essas coisas. É isso que eu não gosto de falar.
Coração. Uma pessoa sensível, mas ao mesmo tempo muito forte, já passei e superei com muito sucesso um câncer, passei isso e superei porque tive uma família como fortaleza, nunca desistiram de mim e também não deixaram desistir. Choro muito, sou verdadeira, às vezes verdadeira demais, guardo as mágoas, algumas esqueço, mas outras levo sempre, dizem pra mim que eu preciso ser forte e não chorar, mas eu acho que sou forte assim pelo fato de chorar, alivia sabe? Confio em Deus, na minha mãe e na minha vó, são meu porto seguro. Não desisto fácil das coisas, em uma relação a dois eu não desisto fácil, ainda não desisti dela, porque eu sei que agora vai, mas lógico isso cansa e quando cansar não consigo voltar atrás, sou decidida lutar até não puder mais, porém se desistiré para sempre. Tenho um sonho que é ser enfermeira, sonho em salvar uma vida, salvar várias vidas, e isso vai se realizar, afinal eu sou decidida, KK.
Alma. Coloquei a humildade em primeiro lugar, sou uma pessoa tranquila, não gosto de me envolver me confusões, gosto do meu ser como pessoa, mas principalmente meus ideais que sigo, faço aquilo em que acredito que possa influenciar em algo bom e correto, como é dito...impossível é uma palavra que existe ...mas não no meu contexto.
Confuso. Tenho 18 anos, o que mais eu fiz até hoje, foi ir aos médicos, inicialmente com 11 dias de vida fui internado em uma UTI, em Passo Fundo com infecção generalizada onde quase fui a óbito. Após isso, com 3 a 4 anos fiz cirurgias de correções, minha perna não havia se desenvolvido muito bem graças a um “Tumor”, tenho na coluna. No entanto já fiz cirurgia para retirar parte, pois se tirasse todo poderia ficar sem o movimento das pernas.
Hoje em dia frequento PS, Psicóloga, Psiquiatra, pois desvinculei problemas psicossomáticos, “Transtorno de Bordeline, Transtorno de Ansiedade Patogênica ou Antigênica”, algo assim, o que faz ser muito instável, com tudo e com todos. Busco isolamento com frequência para não ferir as pessoas que me cercam.
Até o início desse ano havia um mal entendido com uma “amiga” que foi minha primeira namorada, nossa relação durou 2 anos e terminamos por infantilidade de ambos, mas hoje estamos estudando juntos no cursinho de pré-vestibular, o que me ajudou e muito a resolver essa intriga, esta era uma das poucas que gostaria de resolver.
Sofri preconceito quando assumi ser ATEU, pessoas tentam forçar-me a crer numa figura mística, para mim inexistente
Compaixão. Eu achei a atividade muito boa, falei tudo o que eu quis, expressei aquilo que estava preso na minha garganta.
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